A invasão da Ucrânia, a repressão na Rússia e o confronto com o Ocidente são o contexto no qual Vladimir Putin, como líder autoritário e guerreiro no poder há um quarto de século, foi reeleito neste domingo (17) para mais seis anos no Kremlin.
Os resultados preliminares indicaram uma vitória confortável, com mais de 85% dos votos para Putin, que em 2020 conseguiu modificar a Constituição para poder ser reeleito por dois mandatos consecutivos e permanecer possivelmente no poder até 2036.
O líder russo, de 71 anos, já completou dois mandatos de quatro anos e dois mandatos de seis anos, com um interlúdio como primeiro-ministro.
O sistema de poder de Putin, oriundo da KGB soviética e que chegou ao Kremlin em 31 de dezembro de 1999, confirmou duas características ao longo dos anos.
A primeira é o constante endurecimento do sistema, contra os oligarcas, com a segunda guerra na Chechênia, a redução das liberdades públicas e a repressão dos meios de comunicação social e da oposição.
O seu opositor mais conhecido, Alexei Navalny, morreu em fevereiro, em circunstâncias pouco claras, em uma prisão do Ártico, onde cumpria uma longa pena por ''extremismo''.
A segunda característica é o reforço de sua presença internacional, com a guerra da Geórgia (2008), a anexação da Crimeia ucraniana (2014), a intervenção militar na Síria (2015) e a invasão da Ucrânia (2022).
Fonte:Diário de Pernambuco