Em 2023, 10,1% dos pernambucanos com 15 anos de idade ou mais eram analfabetos, segundo dados da PNAD Contínua Educação 2023, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estado segue a mesma tendência do Brasil e Grandes Regiões, quanto maior o grupo etário, maior a taxa de analfabetismo. A taxa de analfabetismo no País entre pessoas da mesma faixa etária era de 5,4%, o equivalente a 9,3 milhões de pessoas.
A porcentagem de idosos analfabetos em Pernambuco chegou a 27,9% no ano passado. Os dados indicam que as novas gerações possuem acesso à educação desde cedo. A queda no analfabetismo em Pernambuco foi de 1,9% se comparado ao ano de 2016, quando o índice foi de 12%.
Apesar do avanço, a população preta e parda segue com as maiores taxas de analfabetismo no estado em todas as faixas etárias, com diferenças mais expressivas à medida que a idade aumenta. Do total de pessoas analfabetas no Brasil, 3,2% delas são brancas e 7,1% pardas ou pretas.
O Nordeste é a região com o maior número de pessoas analfabetas, com 5,1 milhões de pessoas nesta situação, sendo 2,7 milhões homens e 2,3 milhões mulheres.
Pernambucanos estão estudando mais
Em Pernambuco, a maioria da população tem ensino médio completo, o que representa 31,3%. Já 30,9% dos pernambucanos possuem ensino fundamental incompleto.
O ensino superior completo é o terceiro grupo com maior parcela da população, totalizando 14,4%. O índice de pessoas com ensino fundamental completo é de 6,7%, o de ensino médio incompleto é de 4,2% e o de ensino superior incompleto é 2,9%.
A análise dos indicadores ao longo do tempo mostra uma tendência de queda entre a população sem instrução ou ensino fundamental incompleto, enquanto cresce a parcela dos que completaram o ensino médio e superior.
No Brasil, a taxa recuou 0,2 ponto percentual frente à de 2022 (5,6%), o que corresponde a cerca de 232 mil analfabetos a menos no país.
Taxa de desocupação
Em Pernambuco, a taxa de pessoas brancas que não estudavam e nem trabalhavam em 2023 foi de 69,7%, contra os 60% de pretos e pardos.
No Brasil, 9,6 milhões de pessoas estavam na mesma situação no ano passado. A pesquisa ainda fez um recorte que mostrou que 9,8% dos jovens entre 15 e 29 anos não possuía trabalho e não investia nos estudos.
O percentual de jovens que não trabalhavam não estudavam é ainda maior entre aqueles com idades entre 18 e 24 anos, faixa etária considerada adequada para o ensino superior. Uma a cada quatro pessoas não possuía ocupação com estudos ou trabalho. Nessa faixa, 18% estudavam e trabalhavam, 39,4% só trabalhavam e 18,6% só estudavam.
Sobre a PNAD Contínua Educação 2023
Iniciada em 2012, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua vem levantando trimestralmente, por meio do Questionário Básico, informações sobre as características básicas de educação para as pessoas de 5 anos ou mais de idade.
A partir de 2016, foi introduzido na pesquisa o módulo anual de Educação que, durante o segundo trimestre de cada ano civil, amplia a investigação dessa temática para todas as pessoas da amostra, bem como introduz a coleta de informações sobre a educação profissional.
Tendo em vista retratar o panorama educacional da população do Brasil, são apresentados os resultados do questionário anual de Educação com referência no segundo trimestre de 2023, assim como algumas comparações com os resultados do mesmo trimestre dos anos anteriores: 2016, 2017, 2018, 2019 e 2022.
Fonte: diário de Pernambuco