Uma semana após o Ministério Público de Pernambuco deflagrar a operação de repressão qualificada no Sertão do Araripe, visando combater crimes de sonegação fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro praticados por um grupo empresarial do setor gesseiro, o Sindicato das Indústrias do Gesso do Estado de Pernambuco (SINDUSGESSO) enviou uma nota ao blog com alguns esclarecimentos.
A entidade aponta que a operação se concentra em um grupo empresarial específico, que não é associado ao sindicato. O grupo em questão, segundo investigações, causou prejuízos de mais de R$ 40 milhões ao Estado.
Confira a nota na íntegra da SINDUSGESSO:
Sindicato das Indústrias do Gesso do Estado de Pernambuco (SINDUSGESSO), esclarece ao público em geral, especialmente às comunidades locais, clientes, fornecedores do mercado gesseiro, colaboradores e empresários do setor, que a operação “Sertão Branco”, amplamente divulgada na mídia, não corresponde a uma investigação envolvendo todo o setor gesseiro do Araripe. A operação se concentra em um grupo empresarial específico, que não é associado ao nosso sindicato.
O SINDUSGESSO confia na competência dos órgãos responsáveis pela investigação e no sistema de justiça, desejando que os fatos sejam devidamente apurados e que o grupo investigado tenha o direito ao contraditório e à ampla defesa. Reiteramos nosso apoio para que a justiça seja plenamente realizada ao longo do processo.
Vale ressaltar que, mais uma vez, o Setor de Mineração, Calcinação e Pré Moldados de Gesso da região do Araripe foi mencionado de forma generalizada em algumas reportagens, como na matéria exibida pelo Fantástico (Rede Globo), abordando a extração ilegal de lenha na caatinga. É importante sublinhar que a maioria das empresas do setor trabalha de acordo com a legislação, utilizando lenha devidamente legalizada. Infelizmente, ainda existem poucos empresários que insistem em atuar na ilegalidade, o que não é compactuado pelo SINDUSGESSO. Reiteramos o desejo de que a legislação seja aplicada e respeitada por todas as empresas.
O SINDUSGESSO também gostaria de enfatizar os desafios enfrentados pelo setor, como o aumento da importação de gipsita pelas empresas brasileiras, o que reduz o consumo da gipsita produzida no Polo Gesseiro do Araripe. Nos últimos três anos, mais de 1.000.000 de toneladas de gipsita foram importadas. Outro obstáculo significativo para o setor é o alto valor do ICMS, que representa até 30% do preço de venda em alguns casos.
Recomendamos fortemente aos clientes do Polo Gesseiro do Araripe que adotem critérios rigorosos ao selecionar seus fornecedores. Sugerimos que exijam a documentação legal necessária, realizem visitas ao Polo Gesseiro do Araripe e priorizem fornecedores idôneos.
FONTE (BLOG DO MAGNO)