Você sabe como identificar um extraterrestre? Parece uma pergunta bem inusitada, mas para quem estuda o ambiente fora da Terra, passa a ser normal. Muitas dessas pessoas procuram falar sobre o assunto de maneira clara e descontraída para todos os públicos – de crianças a idosos.
A exposição do que já esteve no espaço sempre chama atenção, como resquícios de meteoritos e meteoros. São esses truques e exemplos que cativam. No evento “Explorando o Cosmos com Meteoritos e Astronomia Raiz” não foi diferente. No sábado (2), os curiosos do cosmos foram até o Tecnoparque, localizado no Parque Industrial de Santa Maria.
Organizado pelo projeto Bate-Papo Astronômico , o encontro conta com a presença de pesquisadoras da área – como Meteoríticas e como Mulheres de Estrelas. Eles simularam uma caça aos meteoritos, explicaram as características dessas formações, orientaram para uma observação solar com equipamentos especiais e conversaram com o público sobre esse universo.
O diretor executivo do Bate-Papo Astronômico, Fabricio Colvero, explica que esse é mais um dos momentos propostos para financiar a produção acadêmica para a sociedade:
– A gente sempre incentiva que as crianças comecem a partir de uns 4 anos. Existem crianças que demonstram esse interesse cedo. E como eu digo, temos crianças de até 100 anos por aqui. Com esses anos de projeto, percebemos que isso muda, não só a vida das crianças, mas de suas famílias.
Grupo pioneiro de divulgação da ciência
Meteoríticas é um grupo formado só por mulheres que divulga a ciência meteorítica pelo país. Elas são pioneiras e contam com o apoio da agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações que apoia pesquisadores e projetos científicos no Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Com isso, visitei todas as regiões do Brasil. Devem passar por, no mínimo, 75 cidades. No Sul, são 15.
Em 2017, o Meteoríticas iniciava sua jornada. Ele é formado por Diana Paula de Pinho Andrade, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Maria Elizabeth Zucolotto, coordenadora do grupo e equipe do Museu Nacional; Amanda Tosi do Instituto de Geociências da UFRJ;
Sarah Maciel, mídia social das Meteoríticas.
A coordenadora Maria Elizabeth, mais conhecida como Beth, explica que esse projeto vem sendo formado antes mesmo de sua criação real, durante o processo de se apaixonar por esse universo:
– Quando eu era criança queria ser astronauta, porque tinha a corrida espacial na minha época. Depois fui fazer Astronomia, que era o que pude fazer aqui no Brasil. Ali, descobri os meteoritos e senti que eu poderia tocar no espaço. É aquela magia de estar no começo do sistema solar, do princípio e de algo que vem de fora da Terra. Desde então, isso tem mais de 40 anos, vivo para os meteoritos
.
Elas são acompanhadas pela divulgação científica Teresinha Souza, fundadora do projeto Mulheres de Estrelas. Ela também acredita em uma Astronomia que aproxima, e busca apresentar formas simples de se divulgar a ciência nas escolas, nas praças e nas ruas.
Público
Entre tudo o que foi exposto, Maia Vaz, de 6 anos, achou interessante uma demonstração das Meteoríticas:
– Quando ela lixa (uma réplica de meteorito) apareceu o brilho, porque ela lixou com um pedaço de papel e apareceu o brilho.
O pai de Maia, o professor de Biologia Marcelo Vaz, 45 anos, se entusiasmou em aprender sobre o tema. Ele acredita que a infância é uma fase ótima para instigar sobre o assunto, do mesmo jeito que a maturidade contribui para aprender sobre os mistérios do cosmos.
Fonte: Diário SM